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Postado por: Soraya Falbo
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Tipos de Trabalho em Altura: Desafios e Melhores Práticas

Equipe especializada em descontaminação hospitalar utilizando EPI completo

A engenharia de manutenção é um campo essencial na engenharia que se concentra na gestão estratégica e

O trabalho em altura é uma atividade considerada de alto risco, e a complexidade  inerente a esse tipo de operação exige uma compreensão abrangente, que inclui diferenciar os tipos existentes, além de conhecer as melhores práticas capazes de garantir a integridade física daqueles que desempenham essas funções.

 

Neste conteúdo, exploraremos os diversos tipos de trabalho em altura, destacando os desafios específicos enfrentados pelos profissionais envolvidos e identificando as melhores práticas essenciais para mitigar riscos. 

 

Entre os principais tipos de trabalho em altura estão:

  • Pinturas de fachadas;
  • Limpeza de telhados;
  • Construção Civil;
  • Trabalhos realizados em plataformas ou andaimes;
  • Limpeza de chaminés;
  • Montagem e desmontagem de estruturas, pontes e viadutos;
  • Armazenamento em supermercados e galpões;
  • Limpeza de caixas-d’água;
  • Manutenção de Linhas Elétricas e instalação de sistemas de iluminação em grandes estruturas;
  • Podas de árvores em altura;
  • Manutenção e reparo em turbinas eólicas;
  • Instalação de sistemas de iluminação em grandes estruturas;
  • Trabalhos em linhas de produção em indústrias; 
  • Manutenção de estruturas de entretenimento; 
  • Trabalhos em torres de petróleo e gás.

 

O que define um trabalho em altura?

O que define um trabalho em altura

 

O trabalho em altura refere-se a qualquer atividade realizada em locais elevados, onde há o potencial de queda, seja de uma plataforma, escada, andaime, torre ou qualquer outra estrutura. 

Entendendo as especificações legais

“Toda atividade executada acima de 2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda.”

Essa é a definição oficial de trabalho em altura apresentada na Norma Regulamentadora 35 (NR 35), que destaca a altura crítica a partir da qual as medidas de segurança específicas precisam ser implementadas. 

Contextualização dos riscos associados

Entender o contexto e os riscos associados ao trabalho em altura é fundamental para implementar medidas preventivas e de segurança, assim como para conscientizar os profissionais e empregadores sobre os perigos envolvidos nessa atividade. 

Os riscos associados são diversos. A começar pelo fato que os trabalhadores podem ficar sujeitos a quedas livres e às condições imprevisíveis em altura, como vento, chuva, superfícies escorregadias e outros elementos. 

O uso de andaimes, escadas, plataformas e outros equipamentos para atingir locais elevados aumenta a complexidade e os riscos associados ao trabalho em altura. Sem falar dos erros humanos, causados pela falta de treinamento adequado, pela negligência no uso de equipamentos de segurança e pelo desconhecimento das práticas seguras.

Principais tipos de trabalho em altura

Principais tipos de trabalho em altura

 

O trabalho em altura abrange uma ampla gama de cenários e atividades em diversos setores.

 

  • Construção Civil:
    • Em obras de construção, trabalhadores frequentemente realizam atividades em altura, como montagem e desmontagem de andaimes, instalação de estruturas e coberturas, bem como pintura de fachadas.
  • Manutenção de Infraestruturas:
    • A manutenção de torres de telecomunicações, postes elétricos, linhas de transmissão e estruturas metálicas envolve trabalho em altura para inspeções, reparos e instalação de equipamentos.
  • Limpeza e Pintura de Fachadas:
    • Profissionais que realizam a limpeza de fachadas de edifícios ou a pintura externa estão frequentemente expostos a riscos significativos de queda.
  • Resgate em Altura:
    • As equipes de resgate em altura enfrentam a necessidade de operar em ambientes elevados para resgatar trabalhadores em emergências.
  • Espaços Confinados em Altura:
    • Algumas atividades em altura ocorrem em espaços confinados, como silos ou tanques elevados, onde a combinação de altura e confinamento apresenta desafios adicionais.
  • Manutenção de Equipamentos:
    • A manutenção de equipamentos em plataformas elevadas, como maquinaria industrial, requer cuidados especiais para garantir a segurança dos trabalhadores.
  • Agricultura:
    • Em setores agrícolas, a poda de árvores frutíferas, a instalação de sistemas de irrigação elevados e outras atividades exigem trabalho em altura.
  • Atividades de Construção Naval:
    • Construção e manutenção de navios frequentemente envolvem tarefas em altura, como reparos em mastros e superestruturas.
  • Trabalho em Telhados:
    • Instalação, manutenção e reparo de telhados em diversos ambientes, incluindo residencial, comercial e industrial.
  • Trabalhos em Pontes e Viadutos:
    • Inspeções, reparos e construção de pontes e viadutos demandam trabalho em altura para acessar diferentes partes das estruturas.
  • Atividades Recreativas e Esportivas:
    • Instrutores e praticantes de atividades como escalada, alpinismo e trabalhos em parques de aventura também estão envolvidos em trabalho em altura.

Construção civil e montagem estrutural

A construção civil e a montagem estrutural representam cenários particulares do trabalho em altura, apresentando riscos específicos associados a essas atividades. 

Quedas de altura, instabilidade de andaimes, queda de materiais e ferramentas, riscos de colisão, exposição a condições climáticas adversas, furos e aberturas em pisos, entre outros. 

 

Manutenção de edifícios e fachadas

As atividades de manutenção em edifícios altos são essenciais para preservar a integridade estrutural, funcional e estética dessas construções. Essas tarefas geralmente envolvem trabalhos em altura, apresentando desafios específicos. 

É o caso da limpeza regular e da realização de reparos em fachadas, que, em edifícios altos, requerem muitas vezes o uso de andaimes suspensos, gôndolas ou até mesmo alpinistas industriais para alcançar áreas de difícil acesso.

Também estão entre os tipos de trabalho em altura a aplicação de pintura ou revestimentos protetores e substituição de vidros e janelas, que utilizam equipamentos como guindastes ou plataformas elevatórias.

Além disso, precisam ser incluídos nessa lista a manutenção de sistemas prediais, como sistemas de ventilação, ar-condicionado, antenas e dispositivos de segurança. 

 

Trabalhos em torres e antenas

Fora a dificuldade de acesso, o espaço muitas vezes limitado também torna o manuseio de equipamentos e a movimentação dos trabalhadores mais desafiadores. 

Pela altura extrema, subir e descer torres altas é uma tarefa complexa que exige o uso de sistemas de acesso, como escadas fixas ou sistemas de cordas. As condições meteorológicas, como vento forte e chuva, podem criar ambientes desafiadores para trabalhadores em torres de comunicação, aumentando o risco de acidentes e impactando a visibilidade e a estabilidade.

Além disso, antenas ativas em torres de comunicação emitem radiações que podem representar riscos para a saúde dos trabalhadores se não forem devidamente controladas e monitoradas.

 

Desafios associados a cada tipo de trabalho

O trabalho em altura apresenta desafios significativos, independentemente do contexto específico em que é realizado. Esses aspectos não apenas ressaltam a complexidade da execução de tarefas em elevações consideráveis, mas também destacam a importância crucial de medidas de segurança.

 

Variabilidade das condições meteorológicas

As condições climáticas têm um impacto significativo no trabalho em altura, podendo afetar tanto a segurança quanto a eficiência das operações.

Ventos fortes são uma preocupação significativa, pois podem desequilibrar trabalhadores, aumentar a dificuldade no manuseio de equipamentos e comprometer a estabilidade de andaimes ou outras estruturas elevadas.

A chuva, assim como raios e tempestades, e a neblina também trazem contratempos, que vão desde superfícies escorregadias, passando por dificuldades na identificação de perigos e na coordenação por falta de visibilidade, até descargas elétricas. 

No que diz respeito à temperatura, as oscilações podem afetar a saúde e o desempenho dos trabalhadores. A exposição prolongada ao calor pode levar à desidratação e exaustão, enquanto o frio extremo pode aumentar o risco de hipotermia.

Para mitigar os efeitos adversos do clima no trabalho em altura, é fundamental adotar medidas preventivas e de segurança, tais como:

 

  • Monitoramento constante das condições meteorológicas.
  • Suspensão temporária das atividades em caso de condições climáticas perigosas.
  • Uso de EPIs adequados para proteção contra elementos climáticos.
  • Treinamento específico para lidar com condições climáticas adversas.
  • Implementação de práticas de resgate em caso de emergências relacionadas ao clima.

 

Equipamentos e ferramentas específicas para cada atividade

A escolha e a utilização do equipamento correto são fundamentais para garantir a segurança e a eficácia das atividades realizadas em altura. O uso inadequado ou a seleção equivocada de equipamentos podem aumentar significativamente os riscos de acidentes e lesões. 

Equipamentos de proteção contra quedas, como cintos de segurança, arneses e sistemas de ancoragem, são essenciais para prevenir quedas e minimizar os danos em caso de acidentes. A escolha correta desses equipamentos depende da natureza específica da atividade em altura.

Importante ainda ressaltar que, ao trabalhar em andaimes ou plataformas elevadas, é crucial utilizar estruturas que estejam consoantes às normas de segurança, garantindo estabilidade e capacidade de carga adequada. Isso inclui grades de proteção, rodapés e travamentos apropriados.

Diferentes tipos de escadas são projetadas para finalidades específicas, e a escolha correta depende da altura a ser alcançada e da natureza da tarefa. Equipamentos de resgates, como sistemas de descida controlada, cordas, polias e dispositivos de resgate específicos, e a utilização de ancoragens adequadas são essenciais para garantir a segurança dos trabalhadores. 

Além disso, tarefas específicas podem exigir equipamentos especializados, como ferramentas antifaiscantes em ambientes explosivos, óculos de proteção, capacetes e luvas apropriados para o trabalho em altura.

 

Treinamento e capacitação constante dos profissionais

O treinamento contínuo é crucial por diversas razões no contexto do trabalho em altura. Em primeiro lugar, proporciona a atualização das habilidades dos trabalhadores, permitindo-lhes familiarizar-se com práticas mais recentes e eficientes. Além disso, o treinamento constante assegura que todos estejam cientes e aptos a utilizar as mais recentes tecnologias de segurança em altura, acompanhando os avanços tecnológicos. 

A adaptação a novas regulamentações também é facilitada, garantindo conformidade com as exigências mais recentes. Outro benefício é a identificação e mitigação contínua de riscos associados ao trabalho em altura, com foco na cultura de segurança. 

O treinamento regular aprimora as competências de resgate e promove aprendizado a partir de experiências passadas, fomentando uma abordagem proativa para a segurança. Além disso, contribui para a conscientização pessoal sobre a importância da segurança e auxilia no cumprimento de exigências contratuais e certificações específicas do setor. 

Equipamentos de proteção individual (EPI) para trabalho em altura

Equipamentos de proteção individual (EPI) para trabalho em altura

 

Cada tipo de atividade em altura demanda EPIs específicos. Isso pode incluir capacetes, luvas, calçados com solas antiderrapantes, óculos de proteção e roupas resistentes a chamas, dependendo das condições e dos riscos envolvidos.

A importância dos EPIs no trabalho em altura reside na sua capacidade de oferecer proteção individual contra quedas, impactos, lesões e outros perigos. A seleção, o uso adequado e a manutenção dos EPIs são elementos essenciais para garantir a eficácia desses equipamentos na redução de riscos e na promoção da segurança no trabalho em altura.

Cintos de segurança e talabartes

Os cintos de segurança são projetados para serem fixados ao redor da cintura do trabalhador, fornecendo um ponto de ancoragem seguro para a conexão de talabartes ou outros dispositivos de retenção. 

Já os talabartes são cabos flexíveis ou fitas que conectam o cinto de segurança ao ponto de ancoragem, permitindo que os trabalhadores se movam de maneira controlada e segura em alturas elevadas. 

Sua principal função é absorver energia em caso de queda, reduzindo a força de impacto no corpo do trabalhador. Existem diferentes tipos de talabartes, incluindo talabartes de posicionamento, talabartes de restrição e talabartes de absorção de energia, cada um projetado para aplicações específicas. 

Capacete, botas e vestimenta adequada

São as vestimentas adequadas que protegem contra impactos no trabalho em altura. Roupas apropriadas resistem a condições climáticas adversas, proporcionando conforto e proteção. Em certas situações, a vestimenta pode incluir materiais resistentes a produtos químicos, protegendo contra substâncias perigosas, e também contra descargas elétricas. 

A necessidade de equilibrar proteção, respirabilidade e conforto é considerada no design das vestimentas para garantir eficiência nas tarefas. O ajuste correto e a fixação adequada evitam engates em equipamentos e garantem mobilidade, bem como as cores vibrantes asseguram maior visibilidade e, consequentemente, segurança. 

 

Sistemas de ancoragem e linhas de vida

Os sistemas de ancoragem são cruciais para assegurar a estabilidade e segurança dos trabalhadores em altura, fornecendo pontos de fixação para conectar cintos e talabartes. Podem ser permanentes, instalados em estruturas fixas, ou temporários, montados conforme for necessário. Esses sistemas devem suportar a carga de queda e absorver a energia gerada durante uma queda. 

Já as linhas de vida, componentes essenciais, incluem tipos como horizontal (para superfícies horizontais), vertical (para superfícies verticais), retrátil (com mobilidade controlada) e fixa (instalada permanentemente). 

Melhores práticas e recomendações

Garantir a segurança no trabalho em altura é uma prioridade fundamental para proteger a integridade dos trabalhadores e prevenir acidentes graves em todas as etapas, desde a avaliação de risco, até treinamentos e uso correto de equipamentos e diretrizes. 

Além disso, é preciso monitorar e suspender atividades durante condições climáticas adversas, planejar cuidadosamente todas as atividades em altura e promover uma cultura de segurança.

 

Planejamento e análise de risco pré-trabalho

O planejamento pré-trabalho é crucial para garantir a segurança e eficácia das atividades em altura. Essa prática permite a identificação cuidadosa de riscos associados, facilitando a implementação de medidas preventivas. 

Nessa etapa, é possível determinar os equipamentos necessários, estabelecer procedimentos operacionais claros, identificar necessidades de treinamento específico e desenvolver estratégias de resposta a emergências. 

Além disso, o planejamento assegura conformidade com normas de segurança, contribui para a eficiência operacional e promove uma cultura onde a segurança é prioritária. Ao antecipar e mitigar riscos, o planejamento pré-trabalho previne acidentes, protegendo a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. 

 

Inspeção regular de equipamentos e ferramentas

Equipamentos desgastados, danificados ou inadequadamente mantidos podem comprometer a eficácia dos sistemas de segurança, aumentando os riscos de acidentes. 

Realizar inspeções periódicas permite identificar e corrigir potenciais problemas antes que se tornem ameaças à integridade física dos trabalhadores. Além disso, a manutenção adequada dos equipamentos prolonga sua vida útil, assegurando que estejam conforme com os padrões de segurança mais recentes. 

Mas quem ajuda a regulamentar tudo isso? 

Além da Norma Regulamentadora 35 (NR-35), que rege o trabalho em altura no Brasil, organizações internacionais também estabelecem padrões rigorosos, visando à segurança ocupacional. 

É essencial que empresas e profissionais estejam cientes dessas normativas e sigam suas diretrizes para garantir a conformidade legal. 

NR-35 e suas diretrizes

A Norma Regulamentadora 35 (NR-35) é uma legislação brasileira que estipula requisitos e medidas de proteção para o trabalho em altura. 

A NR-35 requer planejamento prévio, análise de risco, treinamento teórico e prático, uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e preferência por medidas de proteção coletiva. É ela que estabelece requisitos para sistemas de ancoragem e linhas de vida, supervisionamento qualificado, procedimentos específicos de resgate, comunicação eficaz e elaboração de documentação detalhada, incluindo plano de trabalho, registros de treinamento e análises de risco. 

Organizações e entidades que estabelecem padrões internacionais

No contexto de trabalho em altura, várias organizações e entidades estabelecem padrões internacionais para garantir a segurança dos trabalhadores. Algumas das principais incluem:

 

  • International Organization for Standardization (ISO):
    • No contexto de trabalho em altura, a ISO pode contribuir com padrões específicos para equipamentos e práticas seguras.
  • Occupational Safety and Health Administration (OSHA):
    • Embora seja uma agência dos Estados Unidos, as normas da OSHA frequentemente influenciam padrões internacionais de segurança no trabalho em altura. 
  • International Labour Organization (ILO):
    • A OIT é uma agência da ONU que promove padrões internacionais de trabalho, incluindo atividades em altura.
  • American National Standards Institute (ANSI):
    • O ANSI desenvolve padrões que, embora inicialmente focados nos Estados Unidos, são frequentemente reconhecidos internacionalmente. 

           National Fire Protection Association (NFPA):

  • A NFPA desenvolve códigos e padrões, incluindo aqueles relacionados à segurança em alturas, particularmente em situações de resgate.
  • International Electrotechnical Commission (IEC):
    • A IEC pode estar envolvida em estabelecer padrões relacionados à segurança elétrica em trabalhos em altura.
  • International Powered Access Federation (IPAF):
    • Embora não seja uma entidade de padronização, a IPAF oferece diretrizes e treinamento internacionalmente reconhecidos para o uso seguro de plataformas elevatórias e equipamentos similares.

 

Conclusão

A importância da segurança no trabalho em altura está intrinsecamente ligada à preservação da vida e ao bem-estar dos trabalhadores.

A adoção das melhores práticas é fundamental para mitigar os riscos, mas é  preciso lembrar que prevenir acidentes não é apenas uma responsabilidade individual, e sim uma obrigação coletiva. Por isso, a cultura de segurança deve ser cultivada em todos os níveis da organização.

Ao adotarmos práticas seguras e garantirmos o uso apropriado de EPIs, não apenas protegemos a integridade física dos trabalhadores, mas também criamos ambientes de trabalho mais produtivos e confiáveis.

A segurança é um investimento no presente e no futuro, garantindo que cada pessoa retorne para casa em segurança no final do dia.

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