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Postado por: Soraya Falbo
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Descontaminação Hospitalar: A Chave para a Prevenção de Infecções

Equipe especializada em descontaminação hospitalar utilizando EPI completo

A descontaminação hospitalar é um processo crítico nas instituições de saúde, pois se refere à limpeza e à desinfecção rigorosas das áreas, dos equipamentos e das superfícies em ambientes hospitalares.

Esse procedimento é essencial. Além de prevenir a propagação de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), é responsável por manter um ambiente seguro para pacientes, profissionais de saúde e visitantes e assegurar a eficácia dos tratamentos médicos.

Trata-se de uma tarefa complexa, importante, que requer protocolos específicos, produtos adequados e, principalmente, um time preparado para realizar esses serviços.

 

 

O que é descontaminação hospitalar?

A descontaminação hospitalar visa remover, inativar ou destruir agentes patogênicos, como bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos potencialmente infecciosos.

Essa prática é fundamental para prevenir a disseminação das IRAS, garantir a segurança de pacientes, profissionais de saúde e visitantes, bem como manter um ambiente de cuidados médicos limpo e seguro.

Envolve protocolos rígidos, produtos químicos específicos e técnicas apropriadas, adaptadas conforme a área e o nível de risco de infecção.

 

Entendendo as diferenças entre os processos envolvidos na descontaminação hospitalar

Processo de descontaminação hospitalar com foco na limpeza de superfícies

 

A limpeza é o processo inicial que envolve a remoção de sujidade, poeira, detritos e resíduos orgânicos das superfícies. O foco da limpeza é a remoção de sujeira visível e não necessariamente a eliminação de microrganismos patogênicos.

É um passo importante, mas não é suficiente para eliminar ameaças infecciosas, por isso está inteiramente associada a outro processo: a desinfecção.

Este processo, por sua vez, contempla um conjunto de procedimentos que visa eliminar ou reduzir a carga microbiana em ambientes hospitalares, superfícies e equipamentos para prevenir a disseminação dessas infecções associadas à assistência em saúde.

A desinfecção envolve o uso de agentes químicos ou métodos físicos para destruir ou inativar microrganismos patogênicos, tornando o ambiente mais seguro para pacientes, visitantes e profissionais de saúde.

A esterilização é o processo mais avançado e rigoroso, que visa à eliminação completa de bactérias, vírus, esporos bacterianos e outros patógenos. Está mais relacionada a instrumentos cirúrgicos, dispositivos médicos críticos e outros itens que devem estar completamente livres de microrganismos para evitar riscos de infecção.

 

Por que a descontaminação hospitalar é crucial?

Assim como todos os processos de limpeza, a descontaminação hospitalar é vital para ambientes de cuidados de saúde, pois além de proteger a saúde de quem circula por esse lugares, também traz consigo algumas vantagens importantes.

Cuidados corretos com descontaminação aliviam os custos e a pressão sobre o sistema de saúde na totalidade. Investir em protocolos de descontaminação rigorosos é uma medida crítica para garantir a qualidade e a eficiência dos cuidados de saúde e ainda melhorar a reputação das instituições.

 

Estatísticas de infecções hospitalares

Denominadas de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), mais conhecidas apenas como infecção hospitalar, é um grande problema de saúde pública e envolve instituições que atuam tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), como privadas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice é quase três vezes maior do que o preconizado. Estima-se que cerca de 1,1 milhão de pacientes contraem algum tipo de infecção hospitalar por ano.

Já dados da Associação Nacional de Biossegurança (ANBIO) apontam que as IRAS atingem 1 em cada 5 pacientes internados, gerando custos de até R$15 bilhões por ano.

 

Impacto das infecções nos pacientes e no sistema de saúde

Além de infecções com altas incidências, erros nos processos de limpeza e descontaminação podem causar impactos significativos tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde em geral.

No caso dos pacientes, as IRAS podem resultar em complicações graves, prolongamento da hospitalização e até mesmo morte. Isso é um risco para sofrimentos físicos e emocionais.

A necessidade de tratamento adicional para quadros do tipo acabam, por sua vez, aumentando, significativamente, os custos para os pacientes, suas famílias e os sistemas de saúde.

Também vale mencionar que o uso excessivo de antibióticos no tratamento de infecções hospitalares contribui para o desenvolvimento de microrganismos resistentes a antibióticos, tornando o tratamento de infecções mais desafiador. Fora isso, mesmo que os pacientes sobrevivam às IRAS, elas podem resultar em complicações crônicas, reduzindo a qualidade de vida a longo prazo.

Já para o sistema de saúde, além do custo substancial para um já onerado cenário, infecções hospitalares podem levar a internações prolongadas e à superlotação de hospitais, afetando a capacidade de atendimento. Afinal, ela consome recursos valiosos, como leitos, contingente médico e suprimentos.

Além disso, a ocorrência frequente de infecções associadas à assistência à saúde pode prejudicar a reputação das instituições de saúde, afastando pacientes e financiadores.

 

Trazendo mais clareza para os métodos de descontaminação hospitalar

A descontaminação pode ser alcançada por meio de calor (autoclavagem), produtos químicos esterilizantes, radiação ou outras técnicas que garantam a eliminação total dos microrganismos.

 

Métodos físicos de descontaminação hospitalar

O calor úmido (autoclavagem) e o calor seco (estufa) merecem destaque na eliminação de microrganismos patogênicos de objetos, instrumentos e dispositivos médicos.

A escolha entre a autoclavagem e a estufa depende da natureza dos objetos a serem descontaminados e da necessidade de esterilização completa. A autoclavagem é o método preferido para objetos críticos, enquanto a estufa é usada em situações em que a umidade não é desejada. Ambos são essenciais para manter ambientes hospitalares seguros e livres de infecções, garantindo a qualidade dos cuidados de saúde.

 

Mas e os métodos químicos, como funcionam?

Os métodos químicos também têm sua função no mundo da descontaminação hospitalar, e existem três tipos mais comuns de agentes químicos utilizados para descontaminação hospitalar: álcoois, como o álcool isopropílico e o álcool etílico (etanol); aldeídos, como o glutaraldeído; e compostos de Amônio Quaternário (Quats), que são surfactantes catiônicos.

 

Equipamentos e Áreas Críticas para Descontaminação

Em um hospital, público ou privado, existem áreas e equipamentos críticos que requerem atenção especial no que diz respeito à descontaminação devido à alta probabilidade de exposição a microrganismos patogênicos.

  1. Salas Cirúrgicas
  2. Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)
  3. Equipamentos Médicos Críticos
  4. Áreas de Isolamento e Quarentena
  5. Áreas de Preparo de Medicamentos
  6. Superfícies de Alto Contato
  7. Equipamentos de Diagnóstico

 

Áreas cirúrgicas e de procedimentos invasivos

A descontaminação em áreas cirúrgicas e de procedimentos invasivos é de extrema importância devido aos riscos elevados associados a esses ambientes. Os pacientes submetidos a cirurgias estão expostos a feridas abertas e têm sistemas imunológicos enfraquecidos devido à cirurgia ou ao próprio estado de saúde. Isso os torna menos capazes de combater infecções, tornando a descontaminação crucial.

Também vale lembrar que, durante procedimentos cirúrgicos e invasivos, os órgãos vitais do paciente podem ser acessados, ampliando os riscos de infecção.

Os cuidados exigidos na descontaminação em áreas cirúrgicas e de procedimentos invasivos incluem protocolos rígidos, treinamento, limpeza prévia, monitoramento regular e uso de equipamentos descartáveis.

 

Equipamentos médico-hospitalares

O mesmo vale para equipamentos médico-hospitalares, incluindo respiradores e ventiladores, bem como instrumentos cirúrgicos, devido à natureza intrínseca desses dispositivos e ao risco potencial que eles representam para a segurança dos pacientes e a eficácia dos tratamentos.

Respiradores e ventiladores são dispositivos que entram em contato direto com o sistema respiratório dos pacientes. Qualquer contaminação desses equipamentos pode ser transportada diretamente para os pulmões do paciente, aumentando o risco de infecções respiratórias. No caso dos instrumentos, é importante destacar o potencial de contaminação cruzada.

 

Importância de ter Protocolos e Normas de Descontaminação hospitalar

Com o protocolo de normas de descontaminação hospitalar, a segurança dos pacientes, dos profissionais de saúde e dos visitantes fica garantida. Além disso, ao protocolar normas, previne-se a propagação de infecções, evitando responsabilidades potencialmente jurídicas para hospitais.

 

Recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emite recomendações e diretrizes relacionadas à descontaminação hospitalar para promover a segurança dos pacientes e a prevenção de infecções.

As recomendações da OMS são baseadas em pesquisas científicas e em melhores práticas para manter ambientes de saúde seguros e prevenir infecções hospitalares.

A importância da higiene das mãos como a medida mais eficaz para prevenir infecções em ambientes de saúde está no topo da lista, assim como o uso de desinfetantes adequados, especialmente em áreas críticas, como UTIs e salas cirúrgicas.

Também existem diretrizes para a esterilização, incluindo a autoclavagem, para garantir que os instrumentos sejam seguros para uso, e recomendações sobre o uso de precauções adicionais em situações que envolvem infecções transmitidas pelo ar, como tuberculose ou covid-19. Isso inclui a ventilação adequada de espaços e o uso de equipamentos de proteção individual.

 

Novas tecnologias e abordagens no controle de infecções

As tecnologias e abordagens no controle de infecções na área hospitalar estão em constante evolução, seja para aumentar a eficiência da sanitização de um ambiente hospitalar, seja para apoiar-se em software de gestão a fim de tomar decisões baseadas em relatórios e melhorar os resultados.

Uma das grandes promessas e tendências está na IoT – Internet of Things (que em português significa Internet das Coisas), no uso de inteligência artificial. Sensores e termostatos para controlar temperaturas, ou nível de iluminação e ruídos, por exemplo, estão cada vez mais em alta no mercado.

Robôs equipados com lâmpadas UV-C, ainda, podem ser usados para descontaminar quartos de pacientes. A luz UV-C é eficaz na inativação de microrganismos.

Materiais e superfícies antimicrobianas, como revestimentos de prata e cobre, são usados em áreas críticas para inibir o crescimento de microrganismos. Já a nanotecnologia pode ser usada para criar nanopartículas com propriedades antimicrobianas, aplicadas em equipamentos e superfícies.

Há diversas pesquisas nesse campo em andamento, as recomendações e as práticas podem variar entre as regiões e instituições de saúde. Portanto, ao adotar novas tecnologias, é essencial seguir as orientações locais e regulamentações de segurança relevantes.

 

Importância de Boas Práticas e Treinamento para Profissionais da Saúde com relação à descontaminação hospitalar

Treinamento de profissionais de saúde na descontaminação de leito hospitalar infantil

 

A eficácia da descontaminação depende, na maioria das vezes, de boas práticas e do treinamento adequado dos profissionais de saúde envolvidos. Portanto, é crucial estabelecer e seguir políticas de descontaminação, com treinamento contínuo dos profissionais de saúde.

 

Educação e treinamento contínuo

A educação e o treinamento contínuo são fundamentais no contexto da descontaminação hospitalar, pois permitem a adequação à evolução de patógenos e de novas técnicas. Além disso, preveem erros, promovem a padronização e estabelecem a melhoria contínua.

 

Monitoramento e feedback para equipes

Monitorar a realização dos processos de descontaminação e fornecer feedback eficaz para as equipes, incluindo as terceirizadas, garante a qualidade e a segurança dos ambientes hospitalares. Aqui estão algumas diretrizes para se fazer isso:

  1. Protocolos de Monitoramento
  2. Tecnologia e Ferramentas Adequadas
  3. Inspeções Regulares
  4. Amostragem de Superfícies
  5. Avaliação de Resultados
  6. Feedback Construtivo
  7. Treinamento e Reciclagem
  8. Documentação e Relatórios
  9. Auditorias Externas

Ter uma equipe terceirizada especializada em descontaminação pode trazer vantagens, pois esses profissionais geralmente têm experiência e conhecimento específico nessa área. Além disso, por se tratar de seu core business, as empresas que prestam serviço de full facilities management podem trazer novas perspectivas e melhores práticas para melhorar a eficácia dos processos de descontaminação.

 

A importância da constante atualização e do comprometimento

A constante atualização e o comprometimento de todos os envolvidos no processo é de grande importância para aumentar a eficácia da descontaminação hospitalar e minimizar os riscos e a incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).

Uma descontaminação hospitalar excelente resulta de um esforço conjunto de toda a equipe, incluindo gestores, colaboradores responsáveis pela limpeza, enfermeiros, médicos e outros profissionais de saúde. A colaboração e a coesão são cruciais para garantir a limpeza adequada e a manutenção de um ambiente seguro para todos.

Empresas que prestam serviços de limpeza também aumentam a eficácia da descontaminação hospitalar, por trazerem expertise, padrões estabelecidos, e melhores práticas, além de vivenciarem o dia a dia de centenas de instituições com realidades parecidas.

Por fim, costuma-se contar com um sistema de controle de qualidade que garante o mapeamento e a aplicação dos processos necessários para atingir o nível de excelência esperado.

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